«Uma história de vento»,
um filme para ver o vento
o realizador Joris Ivens à espera do vento...
...e o vento chegando
«– Espera um pouco.
Eu quero devolver-te a minha asma.
Espera um pouco.»
(extracto: o sonho do realizador)
O poeta Qu Yuan, referido no extracto
«As ondas vêm uma após outra saudar-nos» (Qu Yuan)
A fala do vento, no filme:
– Eu sou o vento da Sierra Madre
Eu gelo-te e faço-te chorar
Estou a sofrer
O que te faz assim
– Eu sou o vento do campo de trigo
E rio, rio, rio o dia inteiro
– Eu estou no Círculo Proibido
Aquele que sobe até mim
Há-de implorar a respiração
– Eu sou o Foehn,
O diabo da Europa gótica
– Eu sou o Mistral
Van Gogh tentou pintar-me
– Os Tunisinos chamam-me Chili, os Egípcios, Khansin
– Eu sou o Tornado
– Eu sou o terrível Simoun
– Sou el Niño, o menino fantástico e cruel da Argentina
– O meu segredo não será comunicado
Pagai tributo aos que guardam segredos
– Sou o amante de um só dia
Sou a brisa suave
– Nuvens e chuvas
Um suspiro no céu chinês
– Eu sou a mesquita de Cadiz
Sou o que aligeira o ar pesado da noite desta cidade
– Eu sou o sopro do primeiro dia da Criação que flutua sobre as águas
Nota Importante:
Ler partes do poema que com o filme fez Manuel Gusmão